sábado, 27 de novembro de 2010

Critica de saga - "O Senhor dos Anéis"

Ocasionalmente, principalmente para poupar a quantidade de criticas similares que escrevo, começarei a partir de hoje a fazer criticas a vários filmes ao mesmo tempo que estejam interligados e que façam parte da mesma saga. Não percamos mais tempo e comecemos já com o primeiro!

De realçar que estes filmes, considerados por muitos como clássicos, só os vi muito recentemente e tenho pena de não o ter feito mais cedo. Porque valeu mesmo muito a pena e, devo dizer, que fiquei até com vontade de ler os livros!
Senhoras e senhores, esta é a minha critica aos filmes do "Senhor dos Aneis".

Senhor dos Aneis: A Irmandade do Anel ( 2001)


Muito bem me tinham já falado deste filme. Que era épico, e que estava mesmo muito bem feito. Comprei os 3 DVD´s em promoção há uns tempos e, para não ficarem só a largar pó, achei melhor dar-lhes uso. E então vi o primeiro filme. E que bom que é! Gosto de filmes épicos de fantasia mas não sou do tipo de lhes dar muita importância e achar que sejam filmes fantásticos. Neste caso, isso não aconteceu. Gostei deveras de tudo no filme: personagens, enredo, realização e tudo o resto.
E pareceu me um filme bastante bom porque mesmo não fazendo parte de uma saga e excluindo a continuação da história, o filme tem a capacidade de funcionar como um só e isso é notável. Como todos fazem uma única história já falo de outras coisas no geral. No ano seguinte saiu o segundo filme

"Senhor dos Aneis: As Duas Torres" (2002)


Para ser franco, é um filme muito bom mas foi o que eu menos gostei dos 3. Talvez porque.embora a nivel de cenas de acção de luta seja soberbo,  As Duas Torres é o filme da trilogia que tem menos desenvolvimento, quer de personagens quer da história. E por isso é o que menos aprecio. Mesmo assim gostei bastante na mesma, principalmente porque introduz o Gollum. Bem, e por fim temos o 3º e último filme.


Foi este capitulo que cometeu a façanha de ganhar TODOS os Óscares para o qual foi nomeado, feito alcançado pela última vez pelo " Titanic". Porém, ao contrário do "Titanic", este filme mereceu os óscares que
teve porque foi  um filme mesmo muito bom. Se o primeiro serviu como um excelente inicio de saga, este conclui todas as histórias ( pois algumas são separadas embora interligadas) e serve como um perfeito fim para a trilogia.

A história geral é sobre um anel. Mas não um anel de imitação. Um malévolo criado há muitos anos atrás pelo malvado Sauron. Muitos anos depois, ( mas ainda na Idade Média) vemos que o anel tem andado de mão em mão e quem o possui fica com tendências maliciosas e possessivas. Assim quando a história começa, o anel está nas mãos de Bilbo Baggins, um velho hobbit. Entretanto, cabe ao sobrinho de Bilbo, Frodo, de ser o portador do anel e de o levar ao vulcão sagrado do qual agora nao me lembro o nome, pois só assim o pode destruir. Pelo caminho, Frodo, juntamente com o seu amigo Sam, encontram uma serie de aliados mas também de inimigos que os querem travar na sua demanda para destruir o anel.

Quem diria que uma história assim daria origem a uma trilogia de livros clássicos e a uma adaptação cinematográfica ainda mais clássica?

Em termos de realização e de actores não há assim grande alteração ao longo dos filmes pois a continuidade está muito presente. Alguns actores saem a dada altura, outros entram mas a sua qualidade, para dizer a verdade, é sempre boa e, claro também se mudam algumas das localizações.

Porém, há uma personagem que me causa muita especie, e peço desde já desculpa a pelo menos uma pessoa que me vai crucificar por dizer isto, que é a da Liv Tyler. Não quero com isto dizer que a Liv Tyler é má actriz porque já a vi noutras produções e gostei das interpretações dela. Aqui, para ser honesto, ela limita-se a sussurrar, chorar e andar na marmelada com o Viggo Mortensen. Não é uma má personagem, é apenas uma que não desenvolve quase nada ao longo dos três filmes.

Pelo contrário temos Gollum/ Smeagol, um individuo bipolar que viu a sua vida a deteriorar-se por causa do poder do anel. É uma personagem com uma intensidade psicológica tremenda e que na minha opinião devia ter valido um Oscar ao actor que vestiu o fato de captura de movimentos e fez uma interpretação fantástica, não fosse a Academia picuinhas o suficiente para dizer que como é uma personagem computorizada não pode ser nomeado. Parvoíces...

Pelo que me disseram é um filme bastante fiel aos livros do J.R.R Tolkien e, se assim for, louvo Peter Jackson porque não deve ser nada fácil transpor aqueles calhamaços para o cinema. De facto, consta que certa vez os Beatles foram ter com Stanley Kubrick, do qual eram grandes fãs, e lhe perguntaram se ele não gostaria de adaptar a saga Senhor dos Aneis para o cinema. Ao que parece, Kubrick respondeu-lhes que eram livros muito densos e para fazer em filme. Portanto se uma das mentes mais geniais da realização não conseguiu, vejam bem o que conseguiu Peter Jackson

Opinião Final:

A trilogia " O Senhor dos Aneis" destaca-se deveras pois conseguiu a difícil tarefa de transpor um clássico da literatura tão grande para filme e isso é de prezar. Gostei bastante de todos os filmes, sendo que como já disse o 2º foi o que menos apreciei. O 1º é um excelente primeiro filme e o terceiro então é excelente. Os três juntos fazem uma excelente história com personagens desenvolvidas e que com certeza captará todos os espectadores, mesmo com as suas durações de cerca de 3 horas-

Classificações:

A irmandade do Anel: 88 %

As Duas Torres: 85%

O Regresso do Rei: 91%

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