segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Crítica - "Dumbo" (1941)


Há pelo menos uns 15 anos que eu não via o "Dumbo", um dos mais acarinhados e conhecidos filmes de animação dos Estúdios Walt Disney. Num dos meus habituais ataques de saudosismo decidi rever o filme e não tive muitas expectativas desiludidas. Muitas.

A história é conhecida. Dumbo é há muito esperado pela sua mãe e quando nasce, revela ter umas orelhas de tamanho fora do normal. Este facto põe-o um bocado marginalizado dos outros elefantes e animais do circo.Quando é gozado por um bando de crianças, a mãe de Dumbo passa-se e desata a bater numa das crianças. Isto faz com que  seja presa e colocada isoladamente. Resta ao pequeno Dumbo aprender por si próprio que a vida não é tão fácil como aparenta mas que todos nós temos qualidades que nos fazem nela sair bem sucedidos.

Digo já frontalmente: Dumbo não é um grande filme. Arrisco-me a dizer que nem sequer roça o limiar do "muito bom". Mas, não se iludam, eu gostei. Mais que razóavel, menos que bastante bom. Vê-se com muito agrado, tem momentos bestiais, outros nem tanto. Há uma única coisa que me faz achar que lhe falta algoe,infelizmente, é um aspecto um bocado central: o filme é extraordinariamente curto.
A duração normal de um filme é entre 60 e 90 minutos. "Dumbo" mal ultrapassa a barreira da uma hora. Se o filme tivesse pouco para contar ou mesmo várias histórias paralela , eu não veria grande problema. No entanto, "Dumbo" é um filme ambicioso em termos de história e isso, infelizmente vê-se na forma como é transposto.

Tem principio,meio e fim.Tem uma narrativa forte, tem personagens bastante interessantes, uma animação muito bem feita. Mas é demasiado apressado. Bastava mais meia hora para conseguir transmitir bem os eventos condensados da forma como foram (não é à toa que é o filme mais curto de todos os lançados pela Disney). Li recentemente que houve uma contenção de gastos maior que o habitual, o que preveniu o filme de ser maior do que poderia. O que é pena, porque é mesmo este o pior defeito de"Dumbo", ter tanto para contar e tão pouco tempo para o fazer.

Reparem: não é por isto que se torna um filme mau. Pelo contrário, é muito interessante e agradável de ser visto. Tem ( e bem merecido) um estatuto de clássico que é impossível refutar. A personagem principal é adorável e percebe-se perfeitamente aquilo porque passa por ser diferente. Para além disso é suportado por várias personagens secundárias boas e engraçadas. Existem algumas que não cativam assim grande coisa e até mesmo alguns erros de história que alteraria. Mas, a sério, qualquer filme que tenha uma cena tão louca e passada dos cornos como esta merece da minha parte uma vénia.


"Dumbo" é um filme interessante. Não é uma obra prima mas creio que isso se deve ao facto da duração. Se fosse maior e tivesse mais tempo para desenvolver as coisas tenho a certeza que gostaria mais. Ainda assim, vê-se com muito agrado e,sim, ia derramando uma lagrimita ou outra numa das cenas mais emocionais.

Classificação: 7/10

domingo, 23 de setembro de 2012

Crítica - "The Amazing Bulk" (2012)


De vez em quando surge um filme que, mesmo sabendo que é mau, nos diverte por essa exacta razão. Em alguns casos nem sabemos explicar porquê. Sabemos apenas que aquilo está mal feito ao ponto de nos divertirmos como não deviamos. "The Amazing Bulk" insere-se noutra categoria dos bons maus filmes por razões que já passarei a explicar.

A história é a de Henry Howard, um cientista que anda a fazer experiências em ratos para desenvolver uma fórmula que prolongue a vida aos seres humanos. O seu chefe é o General, que é também o pai da sua namorada Hannah, a quem ele pretende pedir em casamento. No entanto durante as suas experiências, algo corre mal e Henry acaba por se transformar num ser monstruoso capaz de destruir tudo e todos no seu caminho.

Caso ainda não tenham notado, este filme é um plágio descarado à história da personagem "Hulk". Porém há uma diferença entre isto e outros filmes de plágio: "The Amazing Bulk" nunca se leva a sério. É impossivel que um filme destes se leve a sério. Nunca na minha vida vi um filme tão virado para o lado da galhofa, da implausibilidade e da preguiça como isto. No entanto, é magnifico. Ao passo que a maioria dos filmes maus que divertem, não resultem mesmo com intenções de o fazer, nunca me poderão dizer que isto foi feito com esse intuito. É que  nem sequer parece querer ser uma comédia, nem um drama, nem uma história de super heróis. A arranjar um género para isto, eu digo "Que raio?". Ninguém no seu perfeito juizo levaria a idiotice a extremos tão grandes se não fosse propositado.

Só para terem a noção do que falo: "The Amazing Bulk" não tem um único cenário. Todo o filme é gravado em ecrã verde com cenários irrealistas por trás. E,parecendo que não, dá muita vontade de rir ver cenas de pessoas a correr nestas circunstâncias. Como já disse, nada se leva a sério. As personagens parecem caricaturas de caricaturas e não existe autenticidade. Mas resulta porque essa falta de realismo é intencional.

Não é fácil falar deste filme. É,realmente, uma experiência única de cinema. Não por ser bom, não por ser mau, mas por ser ele próprio. Desde a ridicula premissa até aos efeitos visuais mais ranhosos que possam imaginar, "The Amazing Bulk" é uma espécie de obra prima e algo absolutamente indescritível enquanto cinema. Nem em sketches dos Monty Python eu vejo coisas destas. No entanto é uma barrigada de riso do principio ao fim. Experimentem que vão ver que se divertem à grande.

Classificação: Não tem. Lamento mas recuso me a classificar uma coisa deste calibre.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Crítica - "Ruby Sparks" (2012)


Uma enorme característica que temos enquanto seres humanos é a idealização. Quer seja de situações, pessoas ou objectos existe sempre uma tendência para pensarmos como gostaríamos que realmente fosse perfeito. No entanto, a vida não funciona assim. Já diziam os Rolling Stones que não podemos sempre ter o que queremos. Porquê idealizar a perfeição? Ora, porque existe uma concepção de que é necessário ter tudo perfeito para se alcançar a verdadeira felicidade. Sendo assim, ou não existem coisas perfeitas ou não existe verdadeira felicidade. Mas como não quero começar a filosofar em demasia, digo apenas que o filme sobre o qual hoje escrevo fala precisamente acerca de idealização.

Calvin Wier-Fields é um jovem escritor, prodígio em tenra idade, que nos últimos anos não tem tido ideias para histórias. Certo dia uma jovem aparece-lhe num sonho e Calvin decide escrever sobre ela e inventá-la na sua mente. Só que esta rapariga, a quem ele decide chamar Ruby Sparks, começa a viver muito para além da sua cabeça e torna-se uma realidade na sua vida, que ele pode alterar como bem lhe apetecer.

"Ruby Sparks" pode ser analisado de muitas formas. Pode ser um estudo intensivo sobre a fina fronteira entre a realidade e a ficção, pode ser uma análise à sanidade e necessidade de se alimentar do ficcional. Acima de tudo eu acho que é mesmo uma história sobre idealização. E que no fim me deixou realmente a pensar na forma como muitas vezes nos importamos com tantas personagens que não passam da ficção e tanto odiamos pessoas que existem mesmo. Será que se passassem a ser mais que isso, desejaríamos realmente que fossem assim tão perfeitas? Será mesmo possível gostarmos mais de uma idealização fictícia do que de certas pessoas reais? E porque é que nada é perfeito, mesmo quando assim o queremos?

Este filme adequa-se ao estilo "comedy-drama" muito utilizado em anos mais recentes mas que em boa parte dos casos resulta devido ao equilíbrio ente os dois géneros. "Ruby Sparks" é um filme sobre o amor. Interessantemente encontrei nela algumas reminiscências a certos filmes que tratam da mesma temática como o "500 Days of Summer" ou "Beginners" ( embora defenda que o primeiro continua a ser o meu predilecto no que toca a retratar a temática amorosa). Tem momentos incrivelmente cómicos e depois tem momentos de grande intensidade dramática, não exagerando em nenhum dos dois. A história podia facilmente ser usada de forma muito menos madura e fácil como um filme de Sábado à tarde da TVI,sendo apenas engraçadinho ou mesmo mau, no entanto é tratado com a seriedade que merece, dentro da premissa fantasiosa do filme.

E a questão mantém-se: quantos de nós não sonhámos já com a pessoa perfeita? "Ruby Sparks" reflecte as consequências de, hipoteticamente, se ter à nossa frente a pessoa perfeita, que eventualmente amamos e que nos ama de volta. Não deve ser visto como um filme pouco irrealista pois acho que o objectivo é mesmo criar um universo onde isso pudesse acontecer e que reacções nos traria enquanto eternos procuradores da perfeição. O seu maior defeito é cair num ou outro cliché previsível que torna certas partes do filme ligeiramente menos cativantes que outras, apesar de não se deixar cair demasiado ao ponto de se perder o interesse. O Calvin de Paul Dano ( num papel extraordinário há uns anos em "Little Miss Sunshine") é extremamente único e ao mesmo tempo identificável e a Ruby de Zoe Kaplan ( que também escreveu o argumento do filme) é simplesmente profunda e adorável

Decidi manter as expectativas baixas para "Ruby Sparks", mesmo querendo imenso ver o filme, e não saí desiludido. Para qualquer pessoa que já pensou em tornar perfeição realidade e que goste de romances bem contados, este filme é o ideal. Para já é o melhor que vi este ano.

Classificação: 9.5/10

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Crítica - "The Dark Knight Rises" ( 2012)



Em 2008, "The Dark Knight" apanhou o mundo de surpresa ao revelar-se como um filme que coloca o género dos super-heróis num novo nível. Apesar de achar que tem as suas falhas, concordo com essas afirmações e mesmo não achando uma obra-prima compreendo de que forma as pessoas o consegue colocar nesses patamares. Agora, estou em crer que uma das razões pela qual "The Dark Knight Rises" não resulta como deve ser, reside nessa mesma comparação. Porém, mesmo sem ver o filme anterior, posso afirmar que o terceiro filme da saga Batman de Christopher Nolan.... é supreendentemente mediano.

Passaram-se 8 anos desde os eventos do filme anterior e Harvey Dent, assassinado pelo Batman, exactamente 8 anos antes, tornou-se num herói em Gotham. A taxa de crime baixou consideravelmente, graças ao decreto de Dent em relação à vigilância da policia. Bruce Wayne tem-se trancado em casa longe do mundo exterior e do olhar do público. Mas quando o mercenário mascarado Bane ameaça a segurança de Gotham e dos seus habitantes, o Cavaleiro das Trevas terá de renascer para o combater e salvar a sua cidade.

Compreendam o seguinte: "The Dark Knight Rises" não é propriamente um filme mau. Tem aspectos redimiveis e algumas cenas bastante boas. No entanto, o foco que Nolan coloca na história, por si só já escrita de maneira estranha, não se adequa como devia. Não é que a história seja má,apenas achei que não se adequa a um filme do Batman. Porque, basicamente, o que eu mais desaprovei no filme é que... É chato. Chato,chato, chato. Por algum motivo que eu não consigo bem revelar, o desenrolar do filme é muito lento e torna-se desinteressante muito rápido. Não que tenha sido inútil mas desta maneira só queria mesmo que o filme acabasse.

O maior defeito do "The Dark Knight" é que existe demasiado graças ao Joker, que, convenhamos, é uma das performances mais intensas da década passada. Aqui, mesmo tendo gostado do Bane, o filme tem muito menos atmosfera, muito menos epicidade e necessidade de salvação. Não senti Gotham, não senti realmente  que o Batman faz falta. E isso estava explicito nas personagens mas por algum motivo não passa a atmosfera cá para fora. O foco na história não é claro e, mesmo tendo 162 minutos, há coisas demasiado apressadas em prol de desenvolver outros plot points. Nem sequer as cenas de acção estavam nada de especial, apesar de não estarem más

Quanto às performances, acho que estavam todas adequadas. O Batman de Christian Bale é sempre interessante ( mesmo com a voz de bagaço). Do Bane já disse que gostei, e achei uma personagem bastante complexa ( embora o facto de ter uma voz tão cordial a falar fosse um pouco distrativo. Achei a Catwoman uma personagem um bocado dispensável mas gostei da abordagem da Anne Hattaway portanto resulta. A minha personagem preferida neste filme foi o Alfred, o mordomo do Bruce Wayne. E mesmo só para gozar comigo, é a que desparece a meio para voltar no fim. Fim esse do qual eu prefiro não falar, senão ainda me dá uma coisinha má.
O bom do filme é que quando uma cena era boa, era realmente boa. Qualquer um dos confrontos entre o Batman e o Bane está muito intenso, e as backstories que levam às motivações são bem conseguidas. ~

No entanto o filme continua a ser uma poça de aborrecimento. Talvez mude de opinião se o vir outra vez mas por agora, achei que a este "The Dark Knight Rises" falta muita coisa. Foi o primeiro filme do Cristopher Nolan que achei pouco característico seu e que outro realizador poderia pegar nisto e resultar de maneira parecida. E acho bem que seja o último, shor Nolan. Acho bem que seja o último.

Classificação: 5/10








segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Crítica - "La Haine" (1995)


Existe um enorme estigma contra o cinema francês. Que é chato, que não tem interesse, que é muito parado, entre outras coisas. Não vi muitos filmes oriundos de França mas já vi uns quantos. E, que me lembre, nenhum sofre desses defeitos. Aliás, um dos meus filmes preferidos é francês e vejo-o como uma das coisas mais brilhantes que o cinema já fez. Obviamente que não tenho moral suficiente para falar,porque não vi filmes franceses que são alvo dessas  criticas negativas. Nunca tinha ouvido falar de "La Haine". Mas uma busca aleatória pelo Top 250 do IMdB, trouxe-me a este filme. E ainda bem.

A história passa-se em Paris, nos tempos modernos. A cidade atravessa um período de rebeliões e vandalismo e os bairros mais problemáticos são vigiados avidamente pela policia. Durante o decorrer da obra, ficamos a conhecer Vinz, Said e Hubert, três jovens que participaram numa das rebeliões. No dia seguinte, descobre-se que um dos policias perdeu a sua arma, o que poderá dar origem a certos tumultos se for parar às mãos erradas.

"La Haine" quer dizer " O Ódio". Não é um filme de gangsters. Não é uma luta de gangs, não é um policial, não é um filme que tenha um estilo propriamente definido. É um filme sobre ódio e uma história de revolta e justiça, maioritariamente. Traz à superfície o lado mais detestável que uma pessoa pode ter mas não deixa de o mostrar de forma suficientemente humana para nos mostrar os seus motivos. É uma história onde as relações se definem e se põem à prova à luz dos acontecimentos mas é um pouco mais que isso.

Seguir qualquer uma destas personagens é um desafio interessante. É um daqueles raros casos em que não compreendemos porque temos tanto interesse em seguir aquelas pessoas, já que não agem de forma correcta, pelo menos aos nossos olhos. No entanto, aquilo que fazem nunca deixa em qualquer momento de ter interesse. A forma como as personagens reclamam com aquilo que vai contra o que concordam não é posta ao acaso. É simplesmente um sentimento derivado da exposição em demasia. "Ódio gera mais ódio" diz uma das personagens a certa altura. Vem de experiências vividas pelo seu autor e nota-se isso. Transporta-nos para o mundo onde a revolta predomina e dá-nos a sensação de estar mesmo ali e pensarmos o que nos poderia acontecer ao tentar sobreviver lá.

Não quero explicar muito mais do conteúdo pois é melhor entrar neste filme sabendo o menos possível, como me aconteceu a mim. "La Haine" é uma das obras mais interessantes e bem conseguidas que vi recentemente e sem dúvida o filme menos falado e destacado que vi em muito tempo. Se têm problemas com o preconceito do cinema francês, deitem-nos para o lixo e experimentem ver este. Creio que não se desapontarão.

Classificação: 10/10

terça-feira, 24 de julho de 2012

Crítica - "Ted"


Qualquer dos projectos em que Seth MacFarlane põe a mão torna-se num produto interessante e maioritariamente divertido. Mesmo não morrendo de amores pelas suas séries "Family Guy" e "American Dad", aprecio bastante o conceito e a forma como não têm medo de arriscar. É claro que houve óbvias influências de outras séries mas nota-se o risco que se corre com um tipo de humor tão variado, aleatório e até ofensivo. Pessoalmente é um género que aprecio e ao saber que MacFarlane investe o suficiente para passar para um filme live-action este seu estilo é extremamente positivo.

A história é a de John Bennett ( Mark Wahlberg), um miúdo tímido e sem amigos que recebeu como prenda um urso de peluche a quem chama Ted. Um dia, sem explicação aparente, o urso ganha vida e começa a falar ( com a voz do próprio Seth MacFarlane). A história corre o mundo e John torna-se adulto e com Lori ( Mila Kunis) como namorada. No entanto Ted cresce também e o facto de continuar a manter o seu urso da infância na sua vida começa a fazer questionar se não estará na altura de finalmente seguir em frente.

O que mais me impressionou neste "Ted" foi a forma como simultaneamente consegue gozar com a absurda premissa e no entanto dar-lhe uma realidade esmagadora. Levamos o seu gozo a sério porque desde o inicio que o filme se define como uma mescla de realidade com parvoíce e deixa-se levar por isso. Acaba por parecer um pouco um episódio de "Family Guy" transposto para o grande ecrã, notando-se o óbvio envolvimento de MacFarlane. E resulta porque, apesar de tudo, estamos perante um filme que respeita os padrões do cinema. Tem inicio, tem conflito, tem um fim com uma conclusão.

A premissa é bastante simples e poderia viver exclusivamente à custa das piadas mas não o faz. São piadas muito arriscadas e até ofensivas mas que no contexto do filme ( ter um urso de peluche a dizê-las) tornam-se muito engraçadas. Em relação às personagens acabam por ser um bocado "cartoonizadas", contudo é perfeitamente possivel identificar-mo-nos com elas e os seus dilemas. O filme pega em conceitos já vistos e utilizados mas consegue dar-lhes a volta de uma maneira elaborada.

O que posso dizer de negativo tem a ver com o facto de ter piadas muito arriscadas, sendo normal que algumas delas não resultem como deve ser. Acontece um par de vezes mas nunca em demasia. Para além disso, alguns momentos têm uma edição manhosa e um pouco abrupta.

Como já ouvi  alguém a dizer, "Ted" não é uma obra prima mas para isso encaminha. É a pegar num urso de peluche que ganha vida e metê-lo a crescer como um adulto o faria, parecendo normal ( nada comum em trabalhos de Seth MacFarlane). Faz-nos rir imenso e até levar às nossas cabeças a questão "E se o meu urso fosse de facto meu amigo e falasse?". A última meia hora deste filme é uma pérola da comédia.

Classificação: 9/10